Duas pessoas me enviaram postagens por e-mail me dedicando algo de presente.Aqui posto Márcia (As Arteiras) e Márcia(armadilhas do tempo.Obrigada pelo carinho.
Eliete
Estou mandando fotos de dois trabalhos que fiz.
A Camélia que vc já conhece e gostou,
e um trabalho que fiz e postei no ano passado em janeiro.
É a Ponta da praia com o forte ao fundo.
Acho que é um dos melhores trabalhos que já fiz.
Espero que goste.
Vc pediu para que escrevesse, não sou muito boa em escrever.
Desejo a vc muita paz em teu aniversário.
Às vezes, é difícil falar sobre uma pessoa que irradia
tanta luz e trás consigo um carisma muito grande.
Não há o que falar, seu sorriso diz tudo sobre vc.
Deus te ilumine e proteja sempre.
Beijos em teu coração!
Márcia(As Arteiras)
A seguir 2 textos enviados por Márcia Toito(Armadilhas do Tempo)
O ENCANTO NOSSO DE CADA DIA
Ainda bem que o tempo passa...
Já imaginou o desespero que tomaria conta de nós se tivéssemos que suportar uma segunda-feira eterna?
A beleza de cada dia só existe porque não é duradoura.
Tudo o que é belo não pode ser aprisionado, porque aprisionar a beleza é uma forma de desintegrar a sua essência.
Dizem que havia uma menina que se maravilhava todas as manhãs com a presença de um pássaro encantado.
Ele pousava em sua janela e a presenteava com um canto que não durava mais que cinco minutos. A beleza era tão intensa que o canto a alimentava pelo resto do dia.
Certa vez, ela resolveu armar uma armadilha para o pássaro encantado. Quando ele chegou, ela o capturou e o deixou preso na gaiola para que pudesse ouvir por mais tempo o seu canto.
O grande problema é que a gaiola o entristeceu, e triste, deixou de cantar.
Foi então que a menina descobriu que, o canto do pássaro só existia, porque ele era livre.
O encanto estava justamente no fato de não o possuir.
Livre, ele conseguia derramar na janela do quarto, a parcela de encanto que seria necessário, para que a menina pudesse suportar a vida. O encanto alivia a existência...
Aprisionado, ela o possuía, mas não recebia dele o que ela considerava ser a sua maior riqueza: o canto!
Fico pensando que nem sempre sabemos recolher só encanto... Por vezes, insistimos em capturar o encantador, e então o matamos de tristeza.
Amar talvez seja isso: Ficar ao lado, mas sem possuir. Viver também.
Precisamos descobrir, que há um encanto nosso de cada dia que só poderá ser descoberto, a medida em que nos empenharmos em não reter a vida.
Viver é exercício de desprendimento. É aventura de deixar que o tempo leve o que é dele, e que fique só o necessário para continuarmos as novas descobertas.
Há uma beleza escondida nas passagens...
Vida antiga que se desdobra em novidades. Coisas velhas que se revestem de frescor.
Basta que retiremos os obstáculos da passagem. Deixar a vida seguir.
Não há tristeza que mereça ser eterna. Nem felicidade.
Talvez seja por isso que o verbo dividir nos ajude tanto no momento em que precisamos entender o sentimento da tristeza e da alegria. Eles só são suportáveis à medida em que os dividimos...
E enquanto dividimos, eles passam, assim como tudo precisa passar.
Não se prenda ao acontecimento que agora parece ser definitivo. O tempo está passando... Uma redenção está sendo nutrida nessa hora...
Abra os olhos. Há encantos escondidos por toda parte.
Presta atenção. São miúdos, mas constantes.
Olhe para a janela de sua vida e perceba o pássaro encantado na sua história. Escute o que ele canta, mas não caia na tentação de querê-lo o tempo todo só pra você. Ele só é encantado porque você não o possui.
E nisto consiste a beleza desse instante: o tempo está passando, mas o encanto que você pode recolher será o suficiente para esperar até amanhã, quando o pássaro encantado, quando você menos imaginar, voltar a pousar na sua janela.
Pe Fábio de Melo
DESINTERESSADAMENTE
Permitir que o outro encontre o seu tempo dentro do nosso
de qualquer forma, em qualquer caminho e momento, é o carinho
mais sincero que pode sair desse nosso abraço:
Um sim que salva, uma estrada que cresce, um amor que floresce e aquece
assim, desinteressadamente.
Deixar que qualquer outro tempo descanse dentro do nosso
é um jeito bonito e delicado de dizer que a vida,
mesmo ligeira e rígida, ainda sabe driblar as nossas duras linhas
que amarram tanto os dias e não deixam cair da boca os nossos bons
e novos solrisos.
(Priscila Rôde)